Aquilo já me enchia. Encostado na cama e passando desapercebido por canais abertos e fechados da televisão, uma dor de cabeça fraca me atormentava, mas esse não era o problema. O problema era a dor de garganta. Qualquer movimento brusco com os músculos do pescoço era semelhante a uma garrafa quebrada tentando passar com força por ali. Mesmo uma gota de cuspe que tentasse descer pra tentar lubrificar o cu que virou minha faringe parecia com insetos me comendo por dentro. Cansado de doer-me com cada tragada de cuspe, deixei três copos ao meu lado, na escrivaninha. O primeiro, para poder cuspir quando não mais coubesse na boca, escapando de engolir qualquer coisa. Estava na metade, aquela nojeira. O quarto recendia a um odor bocal horrível. Não era mau hálito, precisamente, mas um tipo de cheiro absurdo que se desprega do cuspe quando em contato com o oxigênio. E ele só se mostrou terrível quando minha irmã entrou no quarto, graciosa e atenciosa, com meu reméd...