Isso não é um post pago. E eu nem pago a Netflix, divido com um amigo meu. E eu nem divido, ele que paga tudo. Mas vou dividir. (Atualização: tenho uma conta própria. =D)
Há um tempo que abandonei esse modelo quarentista de televisão, essa coisa de ter horário pra ver seriado, ver novela, ver filme pornô na Band, e ainda por cima ser interrompido, castrado com propagandas no meio (em plena era do éduords, de publicidade altamente segmentada na internet, eu tenho que aguentar carros off-road com poneys; ma nunca que eu sou público desses cavalinhos). A televisão aberta/fechada é toda quadrada, na verdade, só funciona para em eventos Ao Vivo que é onde elas deveriam apostar suas fichas, por que o futuro é on demand, bitch. E dá-lhe Coringão e Formula 1, que sempre me fazem acordar mais cedo ou dormir mais tarde (bem mais tarde né Corinthians).
Veja só, eu não tenho tempo nessa minha vida loka, é trabalho, é lavar louça, lavar roupa – e ainda preciso me programar pra ver seriado na Sony dublado? Se cai um helicóptero no Rio de Janeiro, não será amanhã que vou ficar sabendo, na Folha da Manhã, mas no mesmo momento no UOL. E é nessa época que eu preciso parar e ver o Top de Cinco segundos pra começar a novela? Não, né. Eu vou ver quando eu quiser, na hora que eu quiser e da forma que eu quiser, bitchô. Aqui é Corinthians.
Pois aí que entra esse tal de Netflix. Quando lançou, fui bem cético. Nah, eu não vou ver tantos filmes assim que compense pagar mensalmente (ainda que o começo tenha sido gratuito), a qualidade não vai ser tão boa, eu posso baixar filmes e vou ter um Netflix gratuitamente. Quem assintou foi um amigo, o amigo sempre usava e via tantos filmes por dia que quase não saia de casa – ponto negativo que me tornou ainda mais avesso ao serviço.
Mas aí descubri que havia um modo de colocar o Netflix no Nintendo Wii, que eu tinha na sala e que… podia ser passado na TV (óh, só). Pedi a senha que, por broderagem, o bróder liberou. Testei. Viciei.
E digo mais: parei completamente de baixar filmes e seriados. Vejo uns 5 filmes por semana, no mínimo – coisa que eu via zero antigamente, te juro.
O catálogo nacional é restrito, claro, mas ainda assim é vasto. O pensamento não é: quero ver o filme tal, vou ver se tem no Netflix. Não; o meu novo comportamento é ligar o Netflix e: vamos ver o que vou ver hoje, olha só, que filme interessante esse Futureworld, xover! E assim vai.
É religioso entrar na categoria de Ficção e Fantasia e escolher a capa mais interessante com a sinopse bacana, nessa brincadeira descobri The Thing, Dune, Serenity, Futureworld e muitos outros que eu jamais alugaria ou baixaria o filme pra ver.
Eu estava quase vendendo a TV, e agora já penso em comprar uma nova, mais bonita, de boa qualidade. Já pensando no Netflix e também nas próximas mudanças de comportamento televista: o Netflix atual, tem ‘pouco’ conteúdo (pouco uma benga, é muita coisa, meu deus), com um Netflix mais atual e com conteúdo em HD eu posso mudar de ver aquilo que o Netflix tem e descobrir coisas novas para ver o que eu quero sem ter de consultar antes se tem ou não na lista.
E ainda tem um terceiro momento, em que eu vou poder ver na TV de uma forma simples e fácil, como zapear um canal, os vídeos que as pessoas mandam pra internet (caham, YouTube). O que eu perco tempo vendo vídeo no YouTube não é brincadeira.
Meu futuro com a TV parece garantido. Se pá até o futuro da TV tá garantido.
Bruno Portella