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Mostrando postagens de julho, 2013

Perseguição Mundial Z

Guerra Mundial Z . Do. Caralho. Um epidemia mundial do que parece ser uma raiva se espalha e acompanhamos a história de um ex-agente da ONU e sua família fugindo de Nova Iorque para qualquer possível salvação deles e, quem sabe, da própria humanidade. Que filme incrível - não nos é dado um motivo nem nenhuma explicação para o que causa aquele ' outbreak ', e a velocidade com que a família de Brad Pitt precisa superar a urbe enlouquecida, estocar alimentos, enfrentar a asma da filha mais velha para conseguir uma salvação temporária (e só por que ele não é simples mortal, mas importante ex-agente da ONU) dão o tom desesperador do início do filme (que nos cola na cadeira logo de cara). Mas um filme que se encaminhava pra ser um filme da família que tenta sobreviver inseridos num caos violento (como Guerra dos Mundos , ou aquele do Shyamalan que o vento é assassino ) é corajoso o suficiente para mudar o tom e abandonar o protagonista longe de sua família - até para...

Meu amigo anjo

- Deus ajuda quem cedo madruga. - Você não acredita em Deus. - Mas acredito no ditado. - Mas se não acredita em Deus, quem é que vai te ajudar? - ele, já impaciente, fungou. - Ah, cale a boca, sério. São seis da manhã e você já tá me enchendo. Mais um dia perdido no calendário branco de números idiotas de uma crença estúpida. Um copo de leite desce sua garganta como passeio de montanha-russa, batendo forte no fundo do estômago esfomeado e vazio. Enche o copo de Coca e torna a beber este ácido de sacarose ferindo prazerosamente a já maltratada garganta, por fim sente a Cola destruir o leite resultando numa peculiar sensação de estômago cheio; sente que precisava defecar – ma logo de manhã? Sentou no trono e, ainda acusado pelo sono, meteu as mãos no queixo e cagou num instante; ficando o resto da meia hora pensando junto do anjo ao seu lado, sem que pudesse ver nada. - O que papai nos reserva pra hoje? - Não faço idéia. - Como não? Não foi vê-lo enquanto aquele...

Curou-se naquela noite

Nervosismo, gastrite doendo, mãos frias de suor e o elevador vazio. Chequei o papel envelhecido; há quanto tempo mesmo tinha marcado aquela consulta? Não me lembrava. Era segundo; segundo andar. O vidro, curioso levemente côncavo, distorcia minha imagem de forma sutil, mas terrivelmente perceptível como se gozasse de mim. O apito soou, lento demais afinal para apenas dois lances de concreto. Ao sair, deparei-me com um local muito semelhante ao saguão de entrada: cadeiras cuidadosamente esfarrapadas e as paredes terrivelmente sujas, embora uma análise mais próxima, revelasse que as infiltrações que escorriam e as coloriam de verde-musgo não passavam de uma bela pintura em afresco. A segunda mão de tinta descascando era obra de um exímio pintor que, sob a luz, emulava um efeito tridimensional perfeito. Corri o olhar pelo corredor e pessoas mil sentavam ali esperando serem chamadas. Todas, sem exceção, com o mesmo macacão surrado de cor azul assim como eu. Sentei-me em um...

Truque de Mestre ~ Now You See Me!

Jesse Eissenberg (o Mark Zuckerberg dos cinemas) faz um truque de cartas logo no início do filme - aquele clássico, escolha uma carta enquanto eu passo elas muito rapidamente. Logo depois, ela aparece na iluminação de um prédio atrás dele. Era a mesma que eu tinha escolhido. =D O garoto e mais três ilusionistas são convidados por sabe-se lá quem para um grande truque. Um truque de mestre - e seguem-se roubos a bancos feito de forma absolutamente magistrais e toda a galera do FBI e Interpol atrás deles. O filme é muito divertido - um 'prenda-me se for capaz' muitíssimo bem feito e empolgante. Se você se desarmar pra ver o filme, terá diversão em dobro - em certa feita eu tinha certeza de que era mil vezes mais inteligente que a polícia e que eles estavam insultando minha inteligência seguindo tão descaradamente pistas falsas. Mas não era bem assim. =D A participação de Michael Caine e Morgan Freeman é deliciosa - dois titãs duelando de forma muito coadjuva...

Death Race!

Death Race. Divertidíssimo! Tem filmes que você não dá nada - e provam-se, no mínimo, extremamente divertidos. Caso dessa trilogia de corridas mortais que começou em 2008. Basicamente é o seguinte: em um futuro não muito distante, as prisões federais dos Estados Unidos passam a ser geridas por empresas privadas e, portanto, precisam dar lucro. A solução é colocar os convictos (haha) em uma corrida mortal pelas ruas asfaltadas da própria prisão (uma ilha) com transmissão online para todo o planeta. E é claro, assim como Hunger Games, a carnificina humana é o esporte mais visto do planeta, gerando lucros e responsabilidades que passam por cima de qualquer direito humano. Muito mais que uma masturbação de sangue e mortes indiscriminadas, é provocante notar todas as artimanhas usadas pelos responsáveis para garantir a audiência do 'jogo'. Mas em nenhum momento o filme se joga à essa reflexão (eu que estou fazendo mesmo), mas esse é o trunfo dele: tudo é feito n...

~Le feminism nos vídjogueime

Eu costumo achar o feminismo um porre. Ou ao menos equivocado em várias situações. Assim como milhares de outros ´ismos´, mesmo aqueles com o qual me identifico (como o ateísmo do Ricky Gervais, o cara mais evangélico da história). Reconheço a importância, por que realmente tem muito o que se fazer ainda nesse planeta. Mas, céus, como são chatas, embora sejam gostosinhas algumas (hehe, só faço pra provocar, gente boa, calmalá). Enfim, tô aqui falando disso por que Anita Sarkeesian finalmente lançou sua série de vídeos em que analisa o tratamento sexista nos games. Lembro que na época que ela começou o Kickstarter e conseguiu  a grana - alguns redditors acusaram ela de sumir com a grana e não dar mais notícias. Aliás, mesmo agora, com o lançamento, o povo não curte muito a moça . =D  Adorei os dois vídeos lançados (o primeiro é melhor); não vai me fazer parar de jogar Mario ou Zelda, mas eu acho ótimo que mais e mais façamos esse tipo de reflexão sobre o...

Grand hotel

Lê o título. Guardanapos sofisticados, folhas duplas. Contém 50 deles, diz a embalagem. mentira, só tem um. Ele fica ali, limpinho em cima da coxa – um guardanapo daquele, tão chique, limpando uma boca tão suja e devassa. Procurei fazer tudo de uma vez, imaginando que quanto mais rápido sáisse, menos rastro deixaria – fazia sentido e demorou meia hora. Meia hora para 24 por 24 era coisa demais. Abri a folha, vincada em quatro quadrantes cartesianos – lambi cada vinco e da folha sofisticada, fiz quatro folhas únicas, finas. Ensaiei com cuidado cada movimento e a primeira folha rasgou só de olhar, malemá limpou as beiradas. Voltou envergonhada e eu logo a joguei no cesto. Segunda folha, mais cuidado – sucesso. Grande parte daquele batom, já limpos com finura pelo Grand Hotel, como uma princesa que tira o excesso do gloss. Mas ele queria mais, beijoqueiro danado. Deixou escapar um suspiro de amor, desses que não deixam dúvida. Foi-se a terceira folha e o beijoqueiro...