Death Race. Divertidíssimo!
Tem filmes que você não dá nada - e provam-se, no mínimo, extremamente divertidos. Caso dessa trilogia de corridas mortais que começou em 2008.
Basicamente é o seguinte: em um futuro não muito distante, as prisões federais dos Estados Unidos passam a ser geridas por empresas privadas e, portanto, precisam dar lucro. A solução é colocar os convictos (haha) em uma corrida mortal pelas ruas asfaltadas da própria prisão (uma ilha) com transmissão online para todo o planeta.
E é claro, assim como Hunger Games, a carnificina humana é o esporte mais visto do planeta, gerando lucros e responsabilidades que passam por cima de qualquer direito humano.
Muito mais que uma masturbação de sangue e mortes indiscriminadas, é provocante notar todas as artimanhas usadas pelos responsáveis para garantir a audiência do 'jogo'. Mas em nenhum momento o filme se joga à essa reflexão (eu que estou fazendo mesmo), mas esse é o trunfo dele: tudo é feito naturalmente e quase despercebido.
Os três filmes carregam muito sangue, mortes absurdas, tiros, explosões, câmeras lentas e frases de efeito aos milhares - é um ótimo filme de ação, machista pra caralho (nem precisava ser tanto, mas...). Mas todos eles também trazem esse pano de fundo em que o real vilão da história é o executivo atrás das câmeras - que nos dois primeiros filmes é retratado de forma incrível por duas VACAS, que raiva dessas mulheres.
Sério, vejam. Dá pra se divertir a valer no filme. (Sem contar que eu vou atrás pra saber se tem o jogo, me lembrou muito Vigilante 8 do PS1).
Bruno Portella