Eu costumo achar o feminismo um porre. Ou ao menos equivocado em várias situações.
Assim como milhares de outros ´ismos´, mesmo aqueles com o qual me identifico (como o ateísmo do Ricky Gervais, o cara mais evangélico da história).
Reconheço a importância, por que realmente tem muito o que se fazer ainda nesse planeta. Mas, céus, como são chatas, embora sejam gostosinhas algumas (hehe, só faço pra provocar, gente boa, calmalá).
Enfim, tô aqui falando disso por que Anita Sarkeesian finalmente lançou sua série de vídeos em que analisa o tratamento sexista nos games. Lembro que na época que ela começou o Kickstarter e conseguiu a grana - alguns redditors acusaram ela de sumir com a grana e não dar mais notícias.
Aliás, mesmo agora, com o lançamento, o povo não curte muito a moça. =D
Adorei os dois vídeos lançados (o primeiro é melhor); não vai me fazer parar de jogar Mario ou Zelda, mas eu acho ótimo que mais e mais façamos esse tipo de reflexão sobre o uso da figura feminina nos games. Pessoalmente, quando eu elenco os jogos que eu mais me encantei durante todo esse tempo, a figura feminina não era apenas uma donzela em perigo, mas parte substancial da trama (como Mirror's Edge e Portal). O segundo vídeo, o que eu achei interessante, é que todos os jogos mostrados, todos parecem terrivelmente ruins, indecentes até para um Demo.
Además, é ótima essa reflexão sobre a arte, principalmente por que é inegável que a 'contação de histórias', seja no substrato que for (oral, papel, tela, áudio, console, e etc), influencia demais o comportamento humano e é bom que tenhamos um pensamento crítico sobre tudo isso.
Desde que. DESDE QUE... não nos impeça de nos divertir. Ou viramos cri-cris insuportáveis ou, pior, feminazis enlouquecidas. E não é isso que nós queremos, não é? É possível ser crítico e ao mesmo tempo feliz. =D
Agora me deixa ir lá salvar a princesa.
Agora me deixa ir lá salvar a princesa.
Ps.: Eu não conheço a moça, só vi esses dois vídeos. E ela parece simpática. =D
Bruno Portella