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Terminei o excelente documental sobre a temporada de 2018 de F1 produzido pela Netflix (Drive to Survive, ou Dirigir para Viver). Foda, absolutamente foda.
Eu gosto muito de F1 e acompanho às vezes as notícias e é claro que vejo todas as corridas, e para esse nível de acompanhamento, a temporada passada pra mim teve muito do brilhantismo do Hamilton, um tanto de bobagem do Vettel, a briga da Red Bull com os motores da Renault, o Galvão reclamando da transmissão. Mas não foi necessariamente um campeonato emocionante tanto de Construtores como de Pilotos.
E o documental é maravilhoso justamente porque das coisas que eu lembrava, só o drama de motores da Red Bull conseguiu ser aprofundado e dramatizado no documental; é sensacional os flagras que os produtores pegam das equipes comentando dos motores, a troca de farpas antes de irem pra coletiva dos caras da Renault com os da Red Bull. Foda.
Fora isso, como não tiveram acesso à Ferrari e Mercedes (que vão estar na próxima, pelo que consta), a série ainda assim encontra histórias excelentes pra contar com o restante do grid e evidencia o tanto de coisa em jogo que existe em uma prova de F1, que mal chega durante a transmissão de quem vê pela tela da Globo.
Quem acompanha mais de perto sabe da personalidade de alguns pilotos, mas a série potencializa ainda mais aquilo que vemos pelo modo de pilotar, ou dar uma ou outra entrevista que acabe aparecendo na transmissão, ou até mesmo pelo modo de se expressar no rádio, ou nos curtíssimos momentos que temos durante a resenha depois da corrida entre três pilotos de 20 apenas.
De novo, o Galvão e o Regi ainda tentam passar várias coisas que simplesmente não chegam, como fulano é, o que fulano disse e etc, mas a série me deixou claríssimo como a forma como recebemos a F1 não consegue trazer essas histórias que estão em jogo durante uma corrida.
Claro que é bem mais fácil contar sua história fazendo uma super edição depois que tudo aconteceu, ainda assim acho que tem um espaço enorme para que essas histórias apareçam no dia de corrida para que fiquemos de olho não só nos ponteiros, mas também fiquemos de olho quando a Renault passa a Haas e vice-versa. =)
A produção então, nem se fala, a qualidade das imagens são fenomenais, os cortes são muito bem feitos dando uma noção de velocidade e violência que a transmissão mais sóbria não transmite, é claro. E o trabalho de som da série é fora do comum.
Enfim, pra quem curte, vale muito a pena ver e durante e pra quem não tem o costume, também vale a pena porque é um esporte bem bacana... de rico, mas é legal.
Fico pensando, imagina o que não seria esse documentário na época do título do Rosberg. Meldels.
Louco pra ver a temporada nova!
Bruno Portella
