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Jumanji — Bem Vindo à Selva

Continuação do filme de 95 exatamente onde aquele termina: com o jogo sendo encontrado na praia.

Eu adorava Jumanji quando era criança e provavelmente gostaria se visse até hoje. Ele é simplesmente delicioso e eu com certeza assisti o filme milhares de vezes. Também gostei (menos) de Zathura, e fiquei super curioso com essa continuação.

Gostei DEMAIS que o filme começa já mostrando o jogo clássico na areia; eu lembro de terminar o filme do Jumanji e pensar: caraca, que legal, vai ter continuação. E não teve até hoje.

Fiquei pistolíssimo que o jogo de tabuleiro, consciente de que está ultrapassado, decide se modernizar e virar um jogo eletrônico; odiei no momento, a mecânica do jogo de tabuleiro era maravilhosa, mas entendo que provavelmente o filme seria igual ao anterior se mantivesse a mesma mecânica, hehe. Tudo bem, não desliguei o filme.

Aí passamos para o presente e somos apresentados aos moleques rebeldes, mais clichê impossível: o nerd medroso, o jogador de futebol fortão, a patricinha fútil e a estranha deslocada. Mas são arquétipos que funcionam sempre, ué.

Mas o filme só melhora quando esses arquétipos todos caem no corpo do The Rock, Jack Black, Kevin Hart e Karen Gillian, principalmente trocados! O fortão de antes, vira o baixinho fraco; o nerd medroso vira o The Rock; a patricinha fútil vira o Jack Black (maravilhoso!) e a estranha deslocada vira a maravilhosa Karen Gillian. A química dos quatro é incrível, eles são muito bons juntos!

Essa ideia de avatares só funciona porque a mecânica do jogo mudou e faz TOTAL sentido para dar um vigor em Jumanji. O filme fica imediatamente delicioso com a cena em que eles se descobrem.

A partir daí, o filme é uma aventura simples e divertida dentro de um jogo, com milhares de referências a RPGs (como NPCs que repetem sempre a mesma fala), número de vidas dentro do jogo, mecânicas de desafios, quests e etc. Em um tempo que todo mundo está caidinho por Jogador Número 1, que parece ser o filme de referências de video-game por excelência, achei curioso ninguém falando sobre como Jumanji fez isso fazer sentido dentro da sua própria história.

O filme não tem muitas surpresas e giros de trama, é um pipocão delicioso de Sessão da Tarde, daqueles que faz tempo que eu não vejo ser feito; porque hoje em dias os filmes são todos darkzera, pretensiosos ou super emocionais. Refrescante ver uma comédia que se passasse de tarde quando eu chegasse da escola, eu ia ter uma excelente tarde.

=)

Bom demais o Jumanji voltar assim.


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