Pular para o conteúdo principal

Sobre Best-Sellers Ruins

Sobre os best-sellers ruins.

Acho válido, desde que você vá atrás de coisas melhores depois.

Não deixe os catedráticos da literatura rebaixarem a sua leitura e te encherem o saco por estarem lendo um Dan Brown, um Paulo Coelho, um Crepúsculo. Nada disso, curta sua leitura e entre de cabeça se estiver curtindo.

O mais importante, nacionais, é ler. Ler é importante. E ninguém começa lendo Kafka, e ninguém precisa ler Kafka (embora seja super indicado, ainda que contra-indicado se você for depressivo).

Tive esse comichão, pois tenho visto muitos comentários sobre um livro tal de erotismo feminino (só vejo as minas falando) esse tal de “50 tons de cinza”, ou algo que o valha. Vendo o naipe das pessoas que comentam, que gostam, o tema, e a mesma reação tonta dos ‘estudados’ eu já consigo saber que tipo de livro que é. Tem livros que é assim, sem ler dá pra você julgar tranquilamente só de ver as reações em torno dele.


O livro é aquele best-seller oboviamente ruim, mas que arrasta multidões. Aquela literatura fraca, sem peso narrativo, sem força, bobinho como tudo. Ou seja, aquele modelinho que faz todo mundo falar dele, e uma grande maioria ler. Leitura fácil, episódica, talvez engraçadinho, mas sem a menor presteza na forma – focando em um conteúdo teoricamente bom e inovador. Só que não.

Não sou contra, vai ler, pô. Você gosta!

O duro é a preguiça do leitor. Fica naquilo, fica no Crepúsculo, não busca uma literatura de vampiro diferenciada, ou então um outro romance de amores impossíveis um pouco menos óbvio, e um pouco mais cru.

A impressão que eu tenho é que não há continuidade se aprofundando, só pela superfície – lendo a coisa simples pra sempre. Aí eu acho que fica superficial demais.

A chatice é o tal dos estudados, letrados, catedráticos, literários que ficam pregando e fazendo o boneco vodu do Coelho, do Brown, dessa coisa toda nova de Fifty Shades, eu nem li pra achar que devem ler, mas só pela birra dessa galera, eu acho que todo mundo tem que ler mesmo e que se fodam os Prousts dessa vida, dessa regra cagada.

Tem mais é que ler, não importa o quê. Claro que o mundo seria mais belo se todo mundo procurar desdobramentos um pouco mais cuidadosos dentro daquilo que você gosta – se você gosta de uma literatura erótica (ou de putaria), com certeza tem alguém nesse Brasil ou no planeta que vai te agradar com um pouquinho mais de qualidade do que as editoras te fazem crer desses tais bestesellers. Vai por mim.

Bruno Portella

o problema é que as pessoas só lêem essas merdas, fala sério, né?

Postagens mais visitadas deste blog

1Q84

Pediram pra eu ler. Quem pediu, tinha crédito por ter indicado outras coisas muito boas. Daí eu li. Também já tinha ouvido falar do livro, não lembro quando. Também já tinha visto a capa, não lembro onde. Tenho usado o Goodreads pra manter um acompanhamento dos livros que voltei a ler e o primeiro caso que criei foi que cadastrei ele como IQ84 e não 1Q84. É diferente. E eu realmente achei que fosse IQ, como se tivesse a ver com quoficiente de inteligência e não com uma data. Logo no começo do livro, entendi que se passava em 1984, então o primeiro mistério eu resolvi: era 1Q84, referente ao ano. Bastava prestar melhor atenção na capa. Mas essa bobagem foi o primeiro momento de abrir a boca e falar sozinho: a, tá! Burro, você pode pensar. Mas por mim tudo bem. Troquei o registro no Goodreads pensando que eu era mesmo burro. Daí voltei pro livro. Gosto de ler livros ouvindo música instrumental. Nesse caso, como era nos anos 80 e ambientado no Japão, eu procurei uma lista de músicas adequ...

De Bolsão à Montanha da Perdição [O Começo do Desafio Éowyn]

Preciso fazer exercício. Decidi caminhar. De Bolsão até a Montanha da Perdição, como fez Frodo e o herói Samwise. Aqui vai meu diário contando a minha quilometragem real com a de Frodo e seus amigos na Terra-Média, de acordo com o registro do Desafio Éowyn [ Link ] 5 de Maio de 2025 Bruno Aniversário do amor da minha vida. O céu estava com poucas nuvens. Voltei a trabalhar depois de um feeriadão (1 de Maio na quinta, que ganchei na sexta). Recebemos a família dela pela primeira vez em São Paulo. Foi lindo demais. Cansamos horrores. Hoje eu caminhei enquanto assistia dois episódios de Dragon Ball Z, o final da batalha contra o Kid Buu. Goku usou a Genki Dama para vencer.  Fiz 1.1 quilômetros caminhando bem tranquilo Pouquíssimo, claro. Mas pra quem nunca anda, estou feliz. Cenário do Filme Basicamente saí de Bolsão, dei a volta nele como fizeram Frodo e seus amigos, e passei por um portão em direção à uma rua ao Sul do Condado. E vamos até Mordor! Um dia eu chego. Não tenho tanta pr...

DARK

Jovens alemães, uma cidade no interior em que todo mundo se conhece, uma floresta; desaparecimentos de crianças e mistérios temporais. Um baita seriado envolvente, bom de-mais! Você pode achar, ahh, é um Stranger Things europeu; e vários elementos são realmente semelhantes, mas o jeito de contar a história, o envolvimento de tanto mais personagens dentro dos mistérios e o envolvimento no tempo, não só no mistério, mas na narrativa da série torna tudo muito diferente e curioso. Ao mesmo tempo... mexer com tempo sempre traz o problema dos paradoxos. Difícil uma obra mexer nesse vespeiro e ser perfeitinha. Mas ela se dedica tanto que, se há qualquer coisa fora de lugar, eu preciso pensar mais do que a primeira vista da série para encontrar algum problema. E nem vale a pena pensar nisso com tamanha qualidade de imagem, uma trilha sonora muito boa e um clima esquisito de uma série difícil de parar de ver. Mistério dos bons. Bruno Portella