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Jogos do Nintendinho (NES) — Indicações & Comentários [8 Bits]


Quando criança, o primeiro video-game que eu tive, eu não tive. Era o do meu tio Nenê, que ficava na casa da minha vó Margarida; ele tinha um Master System II com Sonic I na memória. Eu jogava o tanto que podia, é claro.

Mas o primeiro video-game que eu vi, foi no vizinho, que esqueci o nome, filho do Pedro, irmão do meu vô Eduardo; era um Master System I, e ele tinha aquele jogo de caçar patos. Uma loucura!

O primeiro Nintendo que eu vi também foi durante a infância, quando passei alguns dias de férias na casa de meu vô Ismênio lá em Itu; meu primo Raphael tinha um Super Nintendo e ali eu vi pela primeira vez algumas coisas que me deixaram completamente fissurado: o Mario Kart e o International Super Star Soccer. Jogava de madrugada escondido. Anos mais tarde, na casa de um amigo de escola, o Guilherme, pude jogar o Nintendo 64 e a loucura que era o 007 GoldenEye.

Eu mesmo nunca tive um Nintendo; tive um Sega Staurn quando ninguém tinha, e depois tive um Playstation 1, esse sim um fenômeno da pirataria. 

Foi nos emuladores de PC que consegui jogar vários clássicos da Nintendo. E era no PC que eu jogava a maioria das coisas que faziam minha cabeça.

Meu primeiro Nintendo em casa foi o Wii bem desbloqueado e feliz. Foi mágico. E depois disso nunca mais larguei. E agora tenho o Switch, a alegria da criançada. E graças ao Switch, agora eu tenho a oportunidade de jogar vários jogos antigos do catálogo do NES, do SNES, do 64, dos Game Boys e até mesmo do Mega Drive (!). E durante muito tempo, eu deixei esses emuladores oficiais do Switch abandonados. 

Até que me bateu uma vontade curiosa: jogar o catálogo que existia nos emuladores por ordem cronológica e assim experimentar a evolução dos jogos conforme os anos iam passando. Gostei muito da ideia e coloquei em prática.

Começando pelo NES, é claro. O mais antigo dos emuladores do Switch. Evidente que eu não jogaria o catálogo inteiro, pois eu tenho mais o que fazer; portanto algum tipo de priorização precisaria existir. E foi assim que eu defini qual deles eu jogaria:

  1. Uma leitura breve da sinopse do jogo
  2. Alguns segundos de jogabilidade
Ou seja: o jogo precisava ter uma sinopse minimamente curiosa e a jogabilidade não podia ser uma desgraça ou extremamente truncada e datada. E abaixo são os jogos que mais gostei, em ordem cronológica.

Observação: em absolutamente todos eles, eu usei e abusei da função de VOLTAR dos emuladores do Switch, que lhe permitem retornar alguns quadros antes de morrer. E não tô nem aí.

Super Mario Bros.

  • Lançamento: Setembro de 1985
  • Sinopse: O Reino Cogumelo foi invadido pelos Koopas e a única que pode salvar o reino é a Princesinha. Mas ela foi raptada pelo Bowser e lá vamos nós atrás dela.
  • Tempo de Jogo: 1h e 11 minutos

O primeiro jogo do Mario. Na verdade, o Mario é o culpado por essa ideia de fazer uma jogatina cronológica; o Super Mario Bros U. Deluxe é um dos favoritos aqui de casa e das crianças também; a confusão absurda que acontece quando jogamos junto é um dos momentos mais divertidos de quando nos juntamos.

E enquanto eu jogava o jogo pela décima vez com a minha parceira Nicoll, me surgiu a curiosidade: como será que era o primeiro jogo do Mario de todos? E cá estamos...

Do jogo, eu esperava algo muito mais lento, muito mais truncado e muito mais distante dos jogos atuais e fiquei muito impressionado de como os jogos de plataforma do Mario mudaram muito pouco dessa base construída em 85. Eu não imaginava que a jogabilidade fosse tão parecida, que os comandos fossem tão bons.

A lista de inimigos que temos que enfrentar ou evitar no jogo, e a maneira com que cada um exige que jogamos é absolutamente a mesma com suas versões mais modernas. Nada mudou, a não ser os gráficos e a adição de outros personagens.

E justamente por isso, o jogo é divertidíssimo e absolutamente jogável, mesmo com tanto tempo passado. É verdade que a função de ficar voltando toda hora, salva alguns anos de vida, porque o jogo também pode ser bastante desafiador; principalmente naqueles labirintos dentro do Castelo que, olha, é da dinâmica mais ferrada desse primeiro jogo. Puro ódio.

Outra coisa que eu gosto de fazer é procurar informações sobre o jogo depois que eu termino eles; histórias de seu desenvolvimento, primeiras versões, curiosidades, segredos e dicas. Para esse primeiro jogo do Super Mario, tem esse vídeo muito legal (em inglês) sobre a história do desenvolvimento e algumas curiosidades. Vale a pena ver e jogar, é claro.

The Legend of Zelda

  • Lançamento: Fevereiro de 1986
  • Sinopse: Ganon escapa do Mundo das Trevas e captura a Princesa Zelda; mas antes de ser raptada, ela divide a Triforce of Wisdom em oito fragmentos por Hyrule e a missão de Link é juntar todos os pedaços e salvar Zelda e o Reino de Hyrule.
  • Tempo de Jogo: 12h e 33 minutos

Esqueça tudo, Zeldinha é bom demais desde o começo. Desde o primeiro! E já no primeiro ele traz alguns dos elementos que eu mais gosto de Zelda: lutinha com espada (super fluída, o que me surpreendeu bastante, por ser antiquíssimo) e ficar voltando pro mesmo lugar incessantemente.

Dizem, aliás, que o Breath of the Wild é o jogo que mais se aproximou da exploração desse primeiro. Loucura; e realmente é um jogo sem qualquer ordem de exploração, pouquíssimo tutorial ou guia e cheio de coisa escondida no mapa. O jogo já traz a trilha-sonora com as músicas mais reconhecíveis e alguns chefes que voltariam mais adiante em jogos mais modernos.

E a verdade é que eu só fechei o jogo com ajuda de um detonado, confesso. Fiquei perdidaço. Mas fechei. E me diverti. Desnecessário dizer que é aqui que começa um sem-número de jogos parecidos e inspirados. E a fonte continua excelente e divertida. Vale!


The Mysterious Murasame Castle

  • Lançamento: Abril de 1986
  • Sinopse: Takamaru, um espadachim samurai, precisa investigar os acontecimentos ao redor dos quatro castelos vizinhos que foram tomados por forças do mal.
  • Tempo de Jogo: 1h e 18 minutos

    

Esse jogo vem logo-depois do primeiro Zelda e tem uma navegação bem parecida (por quadros dentro de um mapa maior); é considerado no Japão como um jogo-irmão do primeiro Zelda e faz jus ao nome.

A ação é bem parecida com a do Zelda, você usa sua espadinha para enfrentar Ninjas e Samurais na tela, mas há também alguns super-poderes e melhorias que você pode conseguir no decorrer do jogo. A diferença está na velocidade, pois esse jogo é bem mais frenético do que Zelda e cada quadro que você passa, você já passa correndo, pra fugir de tanta confusão.

É um jogo dificíl pra caceta (muito mais que o Zelda); a exploração pode parecer um pouco com o Zelda, mas as batalhas me fizeram lembrar um pouco daqueles jogos de navinhas que vem tiro de tudo que é lado. Como grande parte dos inimigos arremessam shurikens, bolas de fogo, espinhos pra cima de você, há momentos que realmente parecem impossíveis.

E justamente por isso, eu mal consigo imaginar que alguém tenha sido capaz de fechar esse jogo na época, pois eu mal consegui com a função do emulador de retornar alguns quadros, imagine sem isso. Seria absolutamente impossível. Ainda assim, é um jogo divertido e bem desafiador. Além de ser curioso, pois nunca mais voltou nos consoles mais modernos.

Rygar

  • Lançamento: Maio de 1986
  • Sinopse: O maligno Rei Ligar toma o planeta e a humanidade com suas forças malignas, e o herói Rygar é ressuscitado da morte pela oração de seu povo Argool para tentar vencer o Rei maligno.
  • Tempo de Jogo: 5h e 47 minutos


Essa foi uma indicação do amigo Felipe Barros (o Change do Melhores do Mundo); "joga esse!", falou ele no grupinho de Jogos e eu joguei. 

É bom! E divertido, pois mistura um pouco do jogo de plataforma (como o Mario), com uma fase de exploração de mapa (como o Zelda). Um pouco dos dois mundos. A maneira com que você enfrenta os inimigos, tanto no mapa como na plataforma, é bem engenhoso, pois é uma arma de curta-distância (uma espécie de escudo com correntes que você arremessa no inimigo e ele volta; um ioiô gigante, talvez) e isso torna a jogatina bem distinta de ter que pular nos inimigos ou atirar de uma distância grande.

Uma coisa que eu achei um barato do jogo (e em outros também, mas nesse parece que é mais frequente) é a quedra de quadros quando tem bastante inimigo na tela; para além de ser um limite do hardware da época, eu gosto como parece que faz algumas batalhas ganharem um certa tensão, como se ficasse em slow-motion. Bom demais! A trilha sonora também é especialmente chicletenta.

Metroid

  • Lançamento: Agosto de 1986
  • Sinopse: A missão de Samus é invadir Zebes, o planeta natal dos piratas espaciais e impedir que eles destruam a galáxia.
  • Tempo de Jogo: 15h e 34 minutos

Esse aqui é, de longe, o jogo que eu mais fiquei viciado no emulador. Ele é absolutamente maravilhoso, divertido, fluído (menos quando enche de bicho na tela e o emulador tem a cara-de-pau de simular até a quedra de quadros, que os jogadores do Nintendinho experimentavam), desafiador (mesmo com a função de ficar voltando) e totalmente diferente dos jogos de plataforma que eu já havia jogado.

Sim, eu acho que nunca joguei um Metroidvania antes e acabei por começar logo pelo que inaugurou o gênero. Isso de você ter poderzinhos que vão melhorando sua exploração e não ter exatamente uma linearidade para seguir e poder voltar milhares de vezes pelas salas anteriores é fantástico.

E embora a função de voltar do Switch ajude com encontros realmente desafiadores contra chefes e inimigos, ela não ajuda em nada com o labirinto que é navegar por essa base subterrânea. E grande parte da graça de ter jogado Metroid agora foi poder criar um mapa totalmente meu para que eu pudesse me encontrar lá embaixo. Sim, eu fiz uma planilha para isso. E ainda assim eu fechei o jogo sem dois poderes que poderiam fazer minha vida muito mais fácil e que só descobri que existiam depois.

Facilmente um dos melhores jogos que eu já joguei (indenpende dos bits). Que clássico. E assistindo esse mini-doc sobre a feitura do jogo, tem alguns detalhes que são absolutamente fascinantes: como o nome do personagem ter sido baseado em Edson Arantes do Nascimento. Simplesmente o Pelé. E que os desenvolvedores do jogo realmente queriam usar o rei como o herói do jogo. Olha as ideia.


Super Mario Bros. 2

  • Lançamento: Setembro de 1988
  • Sinopse: Mario e seus amigos embarcam em uma jornada para salvar o dia contra o malvado Wart.
  • Tempo de Jogo: 2h e 58 minutos

Esse Mario é uma loucura. Pular em cima dos bichos não dá dano (!), você precisa colher nabos (e outras coisas) para vencer os inimigos, há uma espécie de outro-mundo que você acessa por um portal por alguns breves instantes, o tema do Mario só toca nesse outro-mundo sombrio (aliás, a música normal do jogo me fazia lembrar demais das músicas do Sonic!).

Quando você joga esse jogo sem saber nada, você pensa: que bacana dos desenvolvedores terem feito um jogo do Mario completamente diferente do primeiro. E não se engane: o jogo é MUITO legal, divertido, oferece dinâmicas e dificuldades diferentes do primeiro (muito por que sua jogabilidade é bem diferente).

Sem contar que os antagonistas são todos novos e o único que eu reconheci foi o Shyguy (ou Masquete, na nova tradução), todos os demais são completamente estranhos para mim, o que eu achei muito curioso, uma vez que os jogos modernos do Mario parecem ser apenas uma atualização enorme dos jogos antigos.

E aí eu descobri o motivo pelo qual ele é tão diferente do Mario: porquê não é um jogo do Mario. Conta a história que o verdadeiro Super Mario Bros 2 lançado no Japão era difícil demais para os americanos, então a Nintendo America simplesmente decidiu adaptar um jogo que já existia e havia sido lançado no Japão (o Doki Doki Panic) colocando os personagens do Mario e lançando como Super Mario Bros 2 nos EUA.

Olha isso. É basicamente o que fizeram com o jogo da Turma da Mônica pela TecToy.

Ou seja: não havia genialidade nenhuma criativa dos autores do jogo em buscarem algo diferente para o jogo do Mario, foi só uma jogada de marketing da Nintendo America. E vou dizer: eu achei sensacional. Esse jogo é MUITO legal e pra mim é uma ótima sequência do primeiro justamente porquê não repete as mesmas fórmulas e busca uma jogabilidade diferente. Inclusive com a adição de outros personagens para você jogar onde cada um deles tem sua própria personalidade, como acontece nos jogos mais recentes: o Mario é balanceado, o Luigi pula mais alto, a Princesa Toadstool (como a Princesinha, ou Peach, era conhecida) flutua e o Toad é rápido.

Vale a pena demais jogar esse aqui, tá. Vai fundo.

EarthBound Beginnings (Mother)

  • Lançamento: Julho de 1989
  • Sinopse: Um jovem de poderes psíquicos precisa encontrar oito melodias para ajudar a rainha de Magicant em um Mundo curiosamente invadido por estranhas criaturas.
  • Tempo de Jogo: 29h e 26 minutos

Mapas enormes, encontros de batalha aleatórios, cidadezinhas divertidas, missões, subir de nível, conseguir poderzinhos diferentes; enfim, todo o combo de um bom jogo de RPG clássico em gráficos realmente rudimentares.

Mas nem por isso menos divertido. Ele pode ser cansativo, pra quem odeia encontros aleatórios (você andando por um lugar e sendo interrompido por uma batalha forçada), como eu já estou acostumado e inclusive gosto de sempre forçar meu personagem a estar forte o suficiente para não sofrer em batalhas, isso não me incomoda.

A história em si é bem ingênua, bonita e o que eu gosto é que você joga com crianças (!) e, no começo do jogo, é muito curioso como os encontros aleatórios (as batalhas!) que temos que vencer são contra... adultos. Uma velha senhora com sacolas de compra, carros e caminhões na rua (eternos inimigos de criança que brincam na rua) e até mesmo Hippies! É simplesmente maravilhoso que o jogo te coloque pra enfrentar hippies e a música que toca de fundo quando nos encontramos com um deles é uma versão adaptada de Johnny B Goode, haha. Excelente.

Outro ponto que eu achei curioso são os diálogos que são mais divertidos e tontos em alguns pontos, o que é uma surpresa em se tratando de um jogo de RPG. E isso é legal.

Para adiante do jogo, você começa a compreender o que tem de errado com aquele e o outro mundo (Magicant), na forma de uma certa invasão alienígena que ameaça tudo que existe. Para além de encontrar as melodias da Rainha de Magicant, o jogo também explora a relação entre mãe e filho e também de pai e filho em uma história fantástica.

É um jogo bem legal e merece ser jogado. Eu não sei exatamente onde começou essa onda de RPGs nesse estilo, mas eles existem até hoje. Gostei e não vejo a hora de jogar os próximos da série.

Crystalis

  • Lançamento: Abril de 1990
  • Sinopse: Um século após uma guerra nuclear, o Mundo é tomado por magia e criaturas mutantes. Um herói sem memória de seu passado busca as Espadas Elementares para deter Draygon e salvar a humanidade.
  • Tempo de Jogo: 11h 20 minutos

Tranquilamente um dos melhores disponíveis no emulador; o Metroid me divertiu bastante quando joguei, pois era uma novidade para mim (veja só), mas esse aqui me surpreendeu bastante, pois tem um visual muito mais adiante dos RPGs anteriores e até posteriores da plataforma, uma jogablidade bem mais ativa que Earthbound (é ação e aventura, ao invés do RPG de turno) com inimigos desafiadores e uma história bem divertida.

A jogabilidade é bem diversa, pois você tem quatro tipos diferentes de ataques elementares e, pelo mundo, você encontra inimigos que só podem ser vencidos por um determinado elemento. A troca de elementos não é tão fluída e pode travar um pouco o jogo, mas a dinâmica que esses diferentes ataques criam é bem legal.

Impressionado com o jogo, vale bastante a pena jogar.

StarTropics

  • Lançamento: Dezembro de 1990
  • Sinopse: Você é Mike Jones, um adolescente fã de baseball que visita os trópicos para encontrar seu tio, o arqueólogo Dr. Jones. Mas ele foi sequestrado e você inicia uma perigosa jornada para regatá-lo.
  • Tempo de Jogo: 6h

Por ter saído depois de Crystalis, esse jogo pode parecer um passo para trás no desenvolvimento de jogos de RPG, principalmente porque sua proposta é similar: um RPG de ação. E para um RPG de ação, a movimentação de StarTropics é realmente bem limitada (se considerar a comparação com Crystalis), mas ainda assim o jogo é bem construído ao redor dessas limitações e a 'ação' do jogo ainda consegue ser divertida e instigante.

O charme do jogo, no entanto, está em seu pano de fundo, pois se não se trata de um passado longínquo, ou um pós-apocalipse mágico; na verdade é uma história contemporânea para a época onde um jogador de baseball adolescente vai atrás do seu tio sequestrado. Ou seja, ao invés de salvar a princesa, aqui nós temos que salvar... o tio. E isso é uma mudança bem interessante, embora os inimigos e os lugares pareçam fantásticos, os personagens que encontramos pelo caminho são pessoas comuns e realistas.

Ainda vale a pena e a música é excelente!

Metroid II: The Return of Samus

  • Lançamento: ???
  • Sinopse: ???
  • Tempo de Jogo: ???
[Preencher] Excelente continuação do jogo do NES, jogabilidade muito boa, continua incrível e os desafios e labirintos muito divertidos também. Corajoso fazer a continuação de um jogo tão adorado no Game Boy, mas funciona!

Nightshade (Extra)

  • Lançamento: Janeiro de 1992
  • Sinopse: A cidade de Metro City está debaixo do jugo do terrível Sutekh, e para livrar a cidade desse domínio nefasto e vingar a morte de seu herói preferido, Nightshare irá investigar a noite metropolitana para fazer frente ao grande vilão.
  • Tempo de Jogo: 5h 23 minutos

O famoso jogo de aventura point-and-click; a parte de apontar, no entanto, é beeeeem lenta. Que é o principal ponto negativo do jogo. Mas todo o resto é absolutamente cremoso: a ambientação noir da noite metropolitana, os personagens curiosos com quem conversamos pela noite (e vale a pena puxar um papo até com os esquilos ou ratos da cidade), os comentários jocosos ou cínicos do protagonista todos dão uma diversão garantida para quem se atrever a jogar.

A fase de 'lutinha' dentro do jogo é desnecessária e, por vezes, mais desafiadora do que realmente gostaríamos, mas vale a pena suportá-las para investigar a cidade toda e juntar as peças dentro desse quebra-cabeça. Como é legal um bom e velho point-and-click.

E... Fim

Esses são os jogos disponíveis no fechamento desse texto (Abril de 2024) que eu acredito que ainda valha a pena ser revisitado dentro do NES. Talvez tenham muito mais jogos que faltaram aqui, mas dos que estão lá, esses são os que eu destacaria.

E embora muitos jogos bons sequer devem estar no catálogo do Switch, a verdade é que por lá você vai encontrar muitos outros nomes famosos que não estão nessa minha lista. E o motivo de não estarem é bem simples: são jogos que eu realmente não me diverti jogando, seja por sua jogabilidade extremamente ultrapassada ou porque o estilo do jogo simplesmente nunca me agradou (exemplo: Double Dragon, eu só fui começar a gostar de Beat'em Up, quando os jogos entraram para a geração 3D, lá pelos Gauntlet da vida no N64).

Não vou me alongar sobre os motivos pelos quais muitos deles não me agradaram, prefiro falar desses aí, que eu realmente me diverti jogando.

E seguimos... o próximo video-game a ser visitado é o Mega Drive (uma pena que o Master System não está disponível, mas...)

E nos vemos no próximo.

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