Uma herdeira alemã engana um tanto de rico tonto de Nova Iorque em busca de seu sonho de criar um clubinho dos muito ricos.
Acontece que aparentemente ela não é herdeira de nada e não paga nenhuma conta, faz com que todo mundo pague as coisas por ela.
Mais uma história de golpista na Netflix (como o Golpista do Tinder) que termina sem atender as expectativas que cria. Eu nem sei qual expectativa que eu crio pra essas coisas, mas confesso que do meio pra frente, passado o momento de pensar "céus, que menina insuportável, como podem ser tão burros?", eu passo a pensar: "como rico é tonto, tem mais é que se ferrar mesmo".
Mas o final do docudrama é um envolvimento emocional totalmente inexplicável entre o advogado e a jornalista para com ela; é inexplicável e incompreensível a maneira como a garota convence todo mundo a fazer absolutamente tudo por ela. A série não consegue 'explicar' porquê isso acontece e como pessoas de experiências de vida completamente diferentes são 'convencidas' por ela a fazerem tudo por ela.
Mais do que isso, o docudrama não estabelece aquilo que me deixa mais curioso nesses golpes: qual é a engenharia social ou esperteza que esses golpistas fazem para não pagar, para convencer os outros a pagarem e assim por diante.
É instigante pela história, é divertido pelo tanto de rico que é enganado (uma categoria particularmente favorita minha), tem atuações quase que desnecessariamente excelentes para um docudrama meio qualquer coisa.
(Aliás, o sétimo ou o oitavo episódio é uma aberração à parte. O episódio faz o tempo todo o uso de algumas transições parecidas com quadrinhos que até então não havia usado em momento nenhum e é literalmente 40 minutos de corte pra lá e pra cá em forma de quadros. É terrível, parece um exercício de estilo que destoa totalmente do resto dos episódios, num entendi foi nada.)
Sei lá, termina e eu num sei se gostei não.