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Mostrando postagens de janeiro, 2022

O Homem Invisível (2021)

A mulher foge do relacionamento abusivo de um namorado muito rico apenas para ser atormentada por uma presença que ela jura existir, mas que ninguém acredita nela. Que nervoso de filme maldito. Ele deixa a gente absolutamente desesperado em toda e qualquer cena imaginando onde está a maldita presença invisível, que sabemos estar em todas as cenas (nós e a protagonista). Os eventos mais importantes dessa presença são nefastos e aterradores (um em específico acabou comigo, você saberá qual é quando acontecer). O filme é excelente. A discussão em torno de um relacionamento abusivo dentro desse conceito incrível do HG Wells é muito bem feito e relevante. Vale a pena demais. Mas é bom ver um The Office depois, pra num ficar paranoico. Argh.

Don't F**k with Cats: Uma Caçada Online (2019)

Um psicopata publica vídeos matando filhotes de gatos na internet causando uma comoção na rede, resultando na criação de grupos investigativos amadores para descobrir a identidade do animal. Excelente documentário. Dá um nervoso enorme. Aos alertos a gatilhos: os vídeos originais tenebrosos não são nunca veiculados no Documentário, portanto dá pra ver com certa tranquilidade. Interessante pergunta que fica pendurada no final: um psicopata que precisa tanto de atenção contra um grupo super engajado de usuários estudando cada quadro e centímetro de seus vídeos para tentar trazer justiça, mas ao mesmo tempo alimentando a sede de atenção do psicopata. O quanto o grupo (e nós assistindo) somos culpados por dar atenção à esse tipo? Acho a pergunta injusta, pois não dar atenção frente à algo tão abjeto e violento é impossível, pois precisaria que a grande maioria da população funcionasse feito um robô, sem qualquer empatia e até mesmo muito próximo do desumano por trás dos vídeos terríveis. É...

Wild Wild Country (2018) + Searching for Sheela (2021)

Um guru indiano atrai seguidores fiéis para seus ensinamentos e juntos eles buscam criar uma cidade perfeita no coração dos Estados Unidos. E é perseguido às últimas consequências pelos cohabitantes. Que história fascinante. Pelo tanto de questões abordadas. De cara, parece mais um caso de fanatismo religioso onde milhares de pessoas ocas encontram em um homem barbudo a solução para o vazio que os come por dentro. E assim entregam sua vida e suas finanças todas pelo sonho desse homem barbudo. Mas então não é só sobre isso. Uma história de fanatismo religioso, mas também de profunda intolerância, racismo e xenofobia americana. E é fascinante que, num primeiro momento, os velhos brancos americanos se vêem acuados frente à força incrível que os coloca contra a parede. EXATAMENTE como devem se sentir todos os povos minoritários frente à estrutura racista e branca da América. É bem curioso ver os velhos brancos em uma posição que eles mesmos costumam colocar qualquer um que não seja branco ...

Round 6 (2021)

Um monte de miserável na vida é recrutado para participar de jogos mortais por uma recompensa bilionária. Não são forçados pelos sádicos organizadores, mas obrigados pela condição miserável em que vivem na Coreia. Daí a trama. Muito bom. Excelente. Acho curioso como as poucas coisas de audiovisual que conheço da Coreia da Sul, de alguma maneira criticam o capitalismo à sua maneira; e eu tenho a impressão que, no geral, a Coreia do Sul é um país com muito menos desigualdade do que o nosso. Impressão mesmo. Acho curioso. No mais, a trama é excelente. A impressão que dá é que a verve criativa que os japoneses dedicam nas suas animações mais absurdas e interessantes, os coreanos focaram mais no live-action. E é excelente. Gostei bastante do tom e da profundidade de todos os personagens dentro do jogo. Talvez eu tenha só me decepcionado um pouco com o clichê do grupo de bilionários cansados da riqueza que procuram um entretenimento sádico; acho que os tais VIPs eram pessoas muito caricatas ...