Garoto cresce vendo os heróis na TV, super esquadrões, heróis metálicos, robôs gigantes, grandes discursos sobre o bem e o mal, a defesa da justiça, grandes valores.
Poderia ser a minha história, mas é a de Hazama, o protagonista de Samurai Flamenco, que decide, certo dia, também virar herói para lutar pela justiça como seus grandes heróis da infância.
O desenho evolui de um começo bastante realista para uma trama que, em apenas 22 episódios, passeia pelos grandes clichês do gênero com arcos hiperbólicos e esquisitos.
O começo do animê é muito legal, pois ele veste uma roupa muito caseira, muito tonta e sai obrigando as pessoas da cidade a se comportarem (jogar o lixo no lixo, irem pra casa depois que escurece). Chega a apanhar de alguns transeuntes, de tão vulnerável que ele é. Repetidas noites como vigilante, no entanto, começam a dar notoriedade ao Samurai Flamenco (nome que ele escolheu para si), e logo ele faz sucesso nas redes sociais, nos YouTube e é colocado a prêmio a sua identidade.
Não somente ele isso, ele influencia outras pessoas a se tornarem vigilantes, como Mari, a garota que em certo momento faz dupla com ele para combater os vigilantes.
O mais louco é que a série dá um salto no seu arco do realista pro absurdo de uma cena a outra, e aí vira uma papagaiada farofa muito calcada nas séries do gênero que presta homenagem — mas sempre mostrando alguns dilemas humanos que nunca são abordados nesse tipo de série , o que é muito interessante (como por exemplo a discussão de quem vai ser o Vermelho no esquadrão).
Eu gosto mais da pegada realista do começo (justamente por fugir do que os japoneses já fazem muito bem, a farofada doida), mas mesmo depois que vira uma farofada doida, dá pra apreciar os dilemas humanos dos personagens (principalmente de Goto-san, que tem uma história tristíssima).
Enfim, vale a pena pra quem curte um Anime doido e principalmente pra quem adorava Super Sentais e Metal Heroes na infância.
Atualização: bom notar e lembrar que a série trata muito bem, na minha opinião, os relacionamentos entre pessoas do mesmo gênero. A relação da Moe com a Mari e até mesmo do Hazama com o Goto são bastante interessantes, posto que tanto a Mari como o Goto não são exatamente homossexuais (Goto era apaixonado por uma garota antes e Mari tem uma queda por Goto), mas no final das contas não é absurdo imaginar que Hazama ficou com Goto e Mari vira e mexe dá beijos longuíssimos na amiga. E é interessante ver como a série pouco faz alarde com isso, é normal para os personagens daquele mundo. E deveria ser para nós desse também.
Bruno Portella
Poderia ser a minha história, mas é a de Hazama, o protagonista de Samurai Flamenco, que decide, certo dia, também virar herói para lutar pela justiça como seus grandes heróis da infância.
O desenho evolui de um começo bastante realista para uma trama que, em apenas 22 episódios, passeia pelos grandes clichês do gênero com arcos hiperbólicos e esquisitos.
O começo do animê é muito legal, pois ele veste uma roupa muito caseira, muito tonta e sai obrigando as pessoas da cidade a se comportarem (jogar o lixo no lixo, irem pra casa depois que escurece). Chega a apanhar de alguns transeuntes, de tão vulnerável que ele é. Repetidas noites como vigilante, no entanto, começam a dar notoriedade ao Samurai Flamenco (nome que ele escolheu para si), e logo ele faz sucesso nas redes sociais, nos YouTube e é colocado a prêmio a sua identidade.
Não somente ele isso, ele influencia outras pessoas a se tornarem vigilantes, como Mari, a garota que em certo momento faz dupla com ele para combater os vigilantes.
O mais louco é que a série dá um salto no seu arco do realista pro absurdo de uma cena a outra, e aí vira uma papagaiada farofa muito calcada nas séries do gênero que presta homenagem — mas sempre mostrando alguns dilemas humanos que nunca são abordados nesse tipo de série , o que é muito interessante (como por exemplo a discussão de quem vai ser o Vermelho no esquadrão).
Eu gosto mais da pegada realista do começo (justamente por fugir do que os japoneses já fazem muito bem, a farofada doida), mas mesmo depois que vira uma farofada doida, dá pra apreciar os dilemas humanos dos personagens (principalmente de Goto-san, que tem uma história tristíssima).
Enfim, vale a pena pra quem curte um Anime doido e principalmente pra quem adorava Super Sentais e Metal Heroes na infância.
Atualização: bom notar e lembrar que a série trata muito bem, na minha opinião, os relacionamentos entre pessoas do mesmo gênero. A relação da Moe com a Mari e até mesmo do Hazama com o Goto são bastante interessantes, posto que tanto a Mari como o Goto não são exatamente homossexuais (Goto era apaixonado por uma garota antes e Mari tem uma queda por Goto), mas no final das contas não é absurdo imaginar que Hazama ficou com Goto e Mari vira e mexe dá beijos longuíssimos na amiga. E é interessante ver como a série pouco faz alarde com isso, é normal para os personagens daquele mundo. E deveria ser para nós desse também.
Bruno Portella