Jesus Cristo. Super Star. Inevitável não sair cantando o mantrinha final desse musical curioso pra dizer o mínimo. Junte os últimos dias de Cristo (sim, aquele da bíblia) sob o ponto de vista de Judas traidor e adicione a tudo isso um rock setentista quase farofento e delicioso. E não é à toa que o rock setentista gira nos calcanhares a Via Crucis nesse musical, afinal a montagem data de 73 do gênio da Broadway Andrew Lloyd Webber (cujo ápice está na máscara do Fantasma). É verdade, claro que a montagem passou por seus momentos de protestos da igreja - tão comuns até hoje nos Estados Unidos. Quarenta anos depois, o musical estreou no Brasil e a nossa classe cristã não desapontou - montou protesto em frente ao Instituto Tomie Ohtake . Quarenta anos depois. Menos sobre essa tontice e mais sobre a arte - a união de um rock prazeroso, como é o dos anos 70, aos trágicos dias de Jesus parecem combinar muito mais com a rebeldia de Judas do que à pieguice de Cristo - e não...