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Mostrando postagens de agosto, 2013

Protego

Ali na cama, o suco de nosso sexo escorria de minha mão para suas costas e a vice-versa; esfregava-lhe a fronte dos ombros com força, abraçava-a com quentura e terna adoração. A ebulição de sua pele e o cheiro de ‘te-quero’ do seu pescoço eram, naquele momento particular, o mais delicioso veneno que eu poderia provar enquanto escorria na serpente de sua coluna. As curvas do corpo, estas esquinas delicadas de seu rosto, o jeito empinado que o queixo se jogava à frente de seu pescoço carnudo. O colo maravilhoso, levemente salpicado de algumas pérolinhas de suor, todas danadinhas; sou amante do suspense, minha mão como o olho que vê o filme, apenas se insinua no delicado vale entre seus seios e então sobe em seu ombro onde faz a curva para seu braço leve e esguio – as unhas, no final destes braços, estão pintadas de um rosa apetitoso. É inevitável não se deixar levar pelo rebolado de sua bunda, como posso deixar de tocá-la se sua própria mão repousava gentilmente em suas nádegas? N...

A Sereia Sueca

Há poucos metros, silenciosa. Daquelas que você jura que pode, a qualquer momento, puxar uma faca ou aquela arma banal e assaltar de homicida metade do andar. Mas aí você repara que metade do andar poderia fazer isso. Aí você se dá conta (e pior, reprime) que você mesmo poderia fazer isso. Era esta a remetente e destinatária de cartas minhas nos últimos seis meses. Mas eu não sabia. Arrasado, faz apenas dois dias que me dei conta. Ela, pobre coitada, não faz idéia. Aquela de textos delicados ou não, aquela de bom humor – talvez completamente diferente da realidade. Não houve tempo suficiente para acertar como era; se loura, morena, ruiva, se 50 ou 15 anos, se realmente mulher. Era passear de bruxa a lolita em semanas; como era? Leitora forçada de minha própria vil publicidade literária confessou apenas não ser delicada. Duvidei. E então, de assalto, ela está no seu andar – no meu, no caso. Quiçá trocamos palavras sem notar. Mas ela não sabe. Eis o segredo. Ela não ...