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Príncipe que é príncipe é príncipe da Pérsia

Recentemente decidi jogar Prince of Persia: Sands of Time, praticamente o primeiro jogo realmente bem feito desde o debut da série. O game gira em torno deste herói sem nome que, em poucas palavras, faz uma cagada federal no reino vizinho e, com a Adaga do Tempo acaba transformando geral em ‘monstro’. Certa feita, encontra-se com a filho do marajá, Farah, que o guia para que tudo aquilo possa ser refeito e que tudo volte ao normal.

Não muito diferente do plot do jogo clássico, ainda nos idos tempos do 386, em plataforma DOS. Lá, o herói todo-de-branco (embora alguns remakes tenham posto uma roupa mais persa nele) precisava escapar do cárcere e salvar sua princesa dentro de uma hora (malditos 60 exatos minutos) das garras do terrível Jafar, ou então…


Mesmo hoje, você vai brincar de Prince of Persia antigo e acaba se jogando em um desafio que continua vivo (muito em parte, claro, de sua jogabilidade débil, mas que não deixa de ser seu charme). As imagens falam por si; quem jogou, nunca se esquece. Não bastava ter de escalar plataformas e enfrentar capangas de Jafar, não – o bicho pegava no castelo que era completamente coberto de armadilhas, desde os clássicos espinhos que te retalhavam com seu movimento até uma luta sangrenta com sua própria sombra (sangrenta para os tolos, né, já que a solução do enigma, de tão boba, nos tirava do sério à linha da descoberta). Pisos falsos, tetos falsos, pisos-botões para abrir uma porta, ou os portões que iam se fechando aos poucos – tantos elementos que tornaram o jogo extremamente atrativo na época justamente por que, embora os elementos se repetissem à exaustão, a disposição era sempre nova, o que tornavam todas as fases diferentes uma das outras.

E quando terminamos as Areias do Tempo, temos a certeza de que quem fez o jogo sabia muito bem do universo clássico do game – sim, todos os elementos estão lá: os botões no chão, os portões que vão se fechando lentamente, os espinhos (exatamente iguais!), as plataformas para escalar, os capangas para enfrentar, as paredes falhas, a eterna subida e até mesmo, veja só, a queda do alto para um desnível (certa feita do jogo clássico, você está em um nível mais alto e por um ocaso acaba caindo para o nível anterior, exatamente o que acontece em Areias do Tempo). Claro que se o jogo limitasse a apenas dar visão 3D ao antigo, falharia miseravelmente, mas este novo ainda traz toda uma dinâmica diferente e extremamente ágil!

O personagem principal (que continua sem nome) é, além de um ótimo guerreiro, um exímio atleta para andar pelas paredes, escalar todo tipo de plataforma, dar mortais e o diabo que for para escalar as pedras do castelo do marajá. Isso torna o jogo EXTREMAMENTE veloz e viciante, você não quer parar de passar pelos obstáculos e sair na porrada com os inimigos. O cenário do jogo é impecável (principalmente as instalações internas que são de tirar o fôlego), e a adição da Adaga do Tempo e de seus poderes (ela pode, além de dar o efeito Bullet Time pra você acertar os inimigos com mais facilidade, retornar no tempo para que você possa corrigir uma defesa falha que tenha custado sua vida, por exemplo).

A trama, simples. Nem ligue pra ela, até por que, se não me engano tem mais dois para que eu possa fechar a trilogia deste jogo. E já não vejo a hora de pegar os dois próximos, pular por sobre suas cabeças e sugar suas vidas de areia com a adaga. Avante, Príncipe da Persa!

Segue remake de 2007 do jogo clássico para Playstation 3 e Xbox 360. Simplesmente animal!

Bruno Portella

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